Do seminário à prática
Introdução
Iniciei este blog para usá-lo como ferramenta de registro e acompanhamento das atividades desenvolvidas em sala de aula que sigam a metodologia de ensino híbrido. Dessa forma, poderei compartilhar as minhas experiências, anseios e os progressos dos meus alunos.
Tive o meu primeiro contato com esta metodologia num seminário desenvolvido pela secretaria de educação aqui na minha cidade, no dia 27 de março. Vou deixar registrado que foi o meu primeiro contato com esta nomenclatura específica, pois eu já tinha passado por elementos desta metodologia em outros momentos da minha vida. Principalmente, quando eu estava estudando a metodologia de aprendizagem ativa.
Ensino híbrido
A metodologia de ensino híbrido não diz respeito a somente um jeito de fazer escola. Na verdade, a proposta é bem ambiciosa e requer um empenho maior do professor nos momentos pré e pós-classe. Quanto melhor estruturado é a sequência didática a ser trabalhada, mais fácil será o entendimento do estudante, o desenvolvimento das atividades e o acompanhamento do professor. Resumidamente, o híbrido vem da possibilidade de mesclar o analógico e o digital na tentativa de formar alunos autônomos e descentralizar a formação de conhecimento colocando o foco das aulas no aluno. A construção coletiva de significados faz com que as possibilidades sejam infinitas tanto para os alunos quanto para os professores. Como o ensino regular é regido por uma legislação que troca tempo por conhecimento, temos a possibilidade de multiplicar o tempo e o conhecimento. Visto que o conhecimento é compartilhado, o tempo é multiplicado pela quantidade de indivíduos com ele relacionado. Sendo assim, por causa da sua natureza dialógica (online e offline), este tipo de trabalho rompe as barreiras do cotidiano escolar, aproximando as propostas educativas à realidade do indivíduo.
Seminário
Quando falamos de educação formal, pensamos de uma forma em que fixamos o tempo dentro do ano letivo e a aprendizagem varia dentro das possibilidades, limitações e emprenho dos educandos. Além disso, esta depende também de uma série de fatores externos ao educando, docente e instituição escolar como um todo. Sendo assim, fazemos a educação sabendo o jeito que deveria ser, porém focando nas nossas possibilidades e dificuldades. O tempo geralmente é um entrave e não podemos esperar muito para avançar com o conteúdo, pois o há outras temáticas no currículo. "Não podemos penalizar a turma inteira por causa da não compreensão ou compreensão parcial de uns poucos indivíduos".
Entretanto, quando falamos de ensino híbrido, devemos olhar a aprendizagem como ensino fixo, onde o ponto de chegada está bem definido e deve ser alcançado independente do tempo, pois este se torna variável dentro das limitações do programa. Isso acontece, porque na parte online o aluno tem controle sobre alguns elementos do seu estudo, como o tempo, o modo, o ritmo e o local. Há sempre a possibilidade de retornar a algum ponto de fragilidade e ter parâmetros para agir de forma autônoma ou orientada. Isso acontece, pois o ensino online e o presencial se complementam, proporcionando diferentes formas de ensinar e aprender e tornando a educação mais eficiente, interessante e personalizada. Neste ponto, os desafios são muitos:
- Mudança do papel do professor
- Os alunos aprendem de uma forma diferente.
- A autonomia do aluno é desenvolvida
- É preciso observar para avaliar. (Há uma mudança nos critérios de avaliação).
- Gestão a partir do diálogo.
- Mudança de cultura.
Neste blog, pretendo relatar a minha experiência na utilização do ensino híbrido dentro das aulas de Projeto de Vida, disciplina que leciono na Escola Viva, CEEFTI Presidente Castelo Branco, situado em Porto de Santana, Cariacica-ES.
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